Beira Interior D.O.
VINHOS DE ALTITUDE
Na Beira Interior os vinhos são influenciados pela altitude. Rodeados pelas serras da Estrela, Marofa e Malcata, as vinhas chegam a ultrapassar os 750 metros. O principal benefício da viticultura em altitude deve-se ao clima mais fresco, que permite incrementar os teores de acidez, os quais são conseguidos graças às oscilações térmicas entre o dia e a noite. As noites frescas levam a maturações mais lentas e uniformes da uva, potenciando a concentração de aromas e sabores. Durante o dia, a maior radiação devido à proximidade do sol, ajuda a fotossíntese, ganhando em termos de cor e com um grau alcoólico adequado.
O SOLO: GRANITO COM FILÕES DE QUARTZO
Na Beira Interior, entre os solos xistosos da bacia hidrográfica do Douro e graníticos das montanhas circundantes, existem muitos filões de quartzo. Aqui temos um melhor arejamento do solo, menor retenção de nutrientes, baixas produções e fundamentalmente melhor insolação devido à reflexão da luz solar pelo quartzo, favorecendo as maturações. Esta é uma combinação única para o desenvolvimento das castas autóctones em vinhas velhas, já perfeitamente adaptadas aos rigores do clima e do solo, como são os casos de: Alfrocheiro, Tinta Roriz (Tempranillo), Jaen (Mencia) e Touriga Nacional para os tintos, e Fonte Cal, Rabo de Ovelha e Síria nos brancos. Este “terroir” dá origem a vinhos frescos, vivos e de aromas intensos, mas também mais finos e equilibrados.
A ADEGA BEYRA
Em 2011 regressei à mesma Adega onde tinha feito a minha primeira vindima em 1987, na pequena aldeia da Vermiosa, em Figueira de Castelo Rodrigo.
Entre as vinhas mais altas de Portugal, aqui vinificamos e estagiamos os nossos vinhos da Beira Interior, que desde o início se tornaram uma das referências que tem impulsionado esta região, com o conceito pioneiro de ‘Vinhos de Altitude’.